quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Design para Profissionais do Sexo

Uma das profissões mais inerentes ao mundo do sexo, a prostituição, ainda parece ser um tabu entre os designers. Existem projetos fantásticos em ergonomia, usabilidade e inovações para tornar muitas profissões mais fáceis, confortáveis, e felizes – mas a prostituição não encontra o mesmo espaço (um grande parênteses para o design de moda, única área em que há muitas opções, algumas realmente ótimas). Acreditamos que a prostituição deve ser levada em conta, e profissionais do sexo são um bom mercado consumidor para uma infinita gama de possibilidades. A seguir, listaremos algumas experiências bem sucedidas.
Desde o início de 2007 um grupo de prostitutas da índia publica mensalmente a "Red Light Despatch", revista focada nas trabalhadoras do sexo, que fala sobre suas histórias e outros assuntos de utilidade para a profissional, como informações jurídicas, reviews de filmes, e poemas escritos por elas mesmas. A revista é feita por prostitutas, jornalistas e profissionais da saúde, que se reúnem em um bordel semanalmente, e é distribuída gratuitamente. No Brasil, nunca tivemos nenhuma experiência semelhante para esse público.

Uma iniciativa levando em conta os riscos do trabalho desses profissionais nas ruas são as plataformas do Projeto Aphrodite, de 2006 . É uma linha de sapatos feita especialmente para as profissionais do sexo, com diversos opcionais de segurança como alarme, compartimento secreto (para chaves, camisinhas, dinheiro etc), e GPS (para encontrar postos policiais, auxílio médico próximo, companheiras de trabalho...) Apesar do display de LCD e de tantas funções, o sapato tem fabricação simples e barata.

(continua...)

sábado, 11 de outubro de 2008

Adstringentes femininos, funciona?

Graças à nossa participação na Erótika Fair, podemos ver ao vivo e especialmente, perguntar se esses produtos funcionam. Pra quem não sabe os adstringentes femininos são aqueles cremes/géis que 'possuem a propriedade' de contrair a musculatura vaginal, fazendo-a parecer "mais apertadinha". Fato é que ontem perguntamos pra várias pessoas, e não encontramos ninguém que já tivesse usado o produto, mesmo entre os vendedores. Na falta de alguém confiável dizendo que funciona, e na ausência de publicidade a esse respeito (por motivos óbvios), o consumidor encontraria então o primeiro estímulo de compra na embalagem, que deveria funcionar como uma propaganda do produto, reafirmando sua eficácia. O problema é que as embalagens que a gente analisou não fazem isso.
Como se vê na imagem acima, nenhuma das embalagens consegue passar uma mensagem de "virgindade" ou qualquer outra função subliminar que o produto tenha. Se o produto não é conhecido, ele deve passar confiabilidade no efeito que promete. Mas se a embalagem nem deixa claras as suas intenções (antes de bulas, rótulos ou outras informações que a pessoa só lê quando já se interessou), ela não consegue despertar o interesse sem o discurso do vendedor. O preço desse tipo de produto também não ajuda o consumidor a diferenciar, visto que todos estão na mesma média. O design da embalagem é o único diferencial que poderia ser aplicado - e sem aumentos significativos no preço final - para uma abordagem mais interessante. Os processos gráficos aplicados e os materiais usados na embalagem são os mesmos que podem ser usados de uma maneira mais eficaz, com um projeto que leve em conta a mensagem a ser transmitida ao consumidor final.
Exemplos fantásticos de produtos que não sabemos se funciona, mas vendem a mensagem e são comprados muitas vezes APENAS pela mensagem, são os cosméticos e produtos de banho da americana Blue Q. Não é uma empresa voltada para produtos eróticos, mas algumas linhas possuem um apelo irônico/sexual que os diferencia, como na linha Mental Case, uma linha de sabonetes de "terapia para distúrbios da vida comum": crise de meia idade, ninfomania, amor insano, entre outros.

Apesar de obviamente não ter a função citada, os sabonetes da Blue Q têm uma estratégia incrível de vendas. E se pudermos considerar o efeito placebo, talvez funcionem mais do que alguns produtos eróticos.

domingo, 31 de agosto de 2008

Emotion design

Um dos objetivos desse blog era servir como base de dados pra pessoas interessadas em começar a criar coisas relacionadas a sexo se inspirarem e acharem fonte pra pesquisa. Uma das tendências de pesquisa que pode ser interessantíssima, não só para criar objetos com finalidade sexual mas também para pensar em incutir sensualidade em afins, é o emotion design. Basicamente, consiste em criar pensando nas necessidades do usuário; não só nas necessidades físicas (ergonomia, conforto, e outros conceitos clássicos de usabilidade), mas nas necessidades psicológicas de seus usuários. A questão não é só se um objeto cumpre a tarefa a que ele é designado ou não, mas uma outra série de prazeres que o objeto pode causar direta ou indiretamente. O livro Designing Pleasurable Products dá uma boa resumida em como pode-se tentar investigar esses prazeres a serem explorados, dividindo-os em quatro categorias:
- Prazer físico: o mais claramente usado em desenvolvimento de produtos eróticos do tipo vibradores e afins. São as sensações positivas que derivam de partes do corpo, órgãos, os cinco sentidos, etc. Aqui entram o cheiro do produto, a textura, a forma bem resolvida, e o próprio estímulo a órgãos sexuais...
- Prazer social: são as sensações derivadas da relação do usuário com outras pessoas ou com a sociedade como um todo. Aqui entram características de produtos que fazem a pessoa sentir-se identificada com o grupo social ao qual ela pertence (por exemplo, couro preto para fetichistas); ou produtos inusitados cuja posse faz a pessoa ‘ter assunto’ com os amigos, e assim sentir-se bem...-Prazer psicológico: sensações originadas de reações psicológicas e emocionais. Do tipo satisfação de ver algo estar sendo bem feito graças ao produto.
- Prazer ideológico: a sensação vinda de apreciação de coisas como arte, livros ou música. Ou a sensação de ter um objeto que esteja de acordo com seus valores morais/éticos (ex: objetos feitos de matérias primas renováveis, quando a pessoa tem uma consciência ecológica forte)
As categorias servem apenas como base para observar como um usuário se relaciona com um produto e o que o faria mais atraído por ele. Uma análise deste tipo é muito válida quansdo estamos falando de algo tão emocional/instintivo quanto o sexo.

Mais: Jordan, Patrick W. Designing Pleasurable Products. ISBN 0-415-29887-3

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Camisinha em SPRAY: revolucionário?




A invenção do alemão Jan Vinzenz KrauseJan vem sendo testada desde o ano passado, pintudões e pintudinhos de plantão se entusiasmaram com a possibilidade de ter uma camisinha que se adapte perfeitamente as suas medidas! Mas essa parece ser a única vantagem deste preservativo "inovador".A idéia do alemão soa mais lusitana quando se imagina com funcionaria na prática um spray liquido de látex que possa ser aplicado no pênis. Afinal de contas, onde ficaria o reservatório? Ou melhor, como teria reservatório? Será que não poderia entrar na uretra? E na hora de tirar, seria tão fácil desenrolar quanto as existentes no mercado? E se o sujeito errar um pouco a mira e espalhar pelos pêlos da região, não grudaria e doeria um bocado para tirar? Como se controlaria a espessura, não poderia ficar fina ou grossa de mais? O spray poderia acumular ou faltar em certos pontos mudando a espessura e por tanto alterando a sensibilidade masculina? Quão seguro seria, e se uma pequena parte do pênis não fosse atingida pelo spray? Como manter a atenção durante o espirro num momento de tesão num quarto escuro? Quanto tempo levaria para secar? Bem, só saberemos as respostas para tantas questões se o produto realmente chegar ao mercado. Afinal, os modelos tradicionais de camisinha precisam de uma reformulação?


Por mais que essa idéia de camisinha spray nos pareça um tanto quanto absurda, vale lembrar q a camisinha ja foi feita de linho (devia doer), tripas de animais como o porco, e de borracha grossa, lavável e reutilizada varias vezes




Agora se você acha que colocar a camisinha na hora H quebra o clima, demora muito e é difícil então precisa conhecer a Pronto Condoms e sua embalagem magnífica. Só vendo para entender!


Se o problema é o tamanho/largura,havia uma empresa chamada Sakunet, de Taiwan, que disponibilizava para download uma tabela de tamanhos e diâmetros e você podia encomendar então camisinhas sob medida, entre 55 opções diferentes. Não sabemos porque, mas aparentemente a empresa sumiu.




Há também uma empresa alemã, chamada Lebenslust (Luxúria da vida), que faz um SCAN 3D do pênis do cliente e fabrica uma camisinha exatamente do tamanho do mesmo, mais grosso em alguns pontos, ou até com a assinatura do fulano na base (é sério). Claro que deve ser perfeito, mas você tem que pagar aproximadamente 2,200 reais pra isso. Por enquanto, só milionários.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

tá precisando de uma motivaçãozinha? aperta o play!

Durante muitos dos belos momentos da vida, desejávamos ou uma “boUa” trilha sonora ou uma câmera à mão pra não perder os bons belos incríveis momentos.
Bem, cada um pode criar sua trilha sonora, mas caso nada te ocorra, meus amigos! Vale a dica das coletâneas de VA (various artists) chamada Erotic Lounge que reúne trabalhos de muitos artistas da família da música eletrônica de vertentes como house (so-sexy!), jazz (que pra quem não sabe, lá no comecinho da história era conhecido como jass, mas por sua indubitável conotação pejorativa, uma simples troca de letras deu outro brilho), downtempo (dá um tempo?!), trip hop and more!

Existem seis compilações de CDs duplos, sendo q o primeiro se chama soft & lazy e o segundo CD quick & dirty. E com um nome desses não precisa citar bem qual a intenção de tudo isso...ou precisa? :B------dá pra imaginar uma semelhança àquelas sessões eróticas na madrugada da TV aberta (Cine Privê?hehe), que antes de erótico, uma tosquidão com final feliz.

Mas bota-fé e aperta o play que a coisa é “boUa” (inclusive se pesquisar um pouquinho mais, vai encontrar mais um punhadinho de muitas outras propostas eróticas em compilações)!

Pra quem quiser baixar, em torrent poraqui (escolha o link de usa preferência), ou pra quem é usuário de soulseek ou outros softwares, não de ah!demore.

E pra quem curte ainda dá pra até ajuntar e fazer sua própria sessão pornô com a ajuda de uma camerazinha!


Agora não deixe de experimentar sua trilha sonora amigos e amigas, grande risco de ser (mais) uma experiência “super-elevante” (...):P


E isso poderia funcionar muito bem com ohMibod, se alguém testar deize-nos um comentário, please!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

EXPO SEX DESIGN na 13ª Erótika Fair

"Sex Design na Erótika Fair: 10,11,12, 17,18 e 19 de Outubro de 2008

O sexo está em tudo, e no projeto também. A exposição “Sex Design”, que reunirá trabalhos de estudantes e profissionais, tem como objetivo divulgar e estimular a produção nacional, desde peças gráficas até construções arquitetônicas, que integram o sexo como elemento projetual, vital e essencial, seja com inspiração, seja como finalidade.

Design no Sexo, Sexo no design

Abril de 2008, Museu do Sexo em Nova York: o título da exposição não poderia ser melhor, mostrando as duas caras da moeda deste assunto fascinante. Até aonde as percepções eróticas se estendem no homem e em sua produção? Para investigar esta questão, tendo como base esta iniciativa americana, assim como muitas outras pelo mundo (o famoso site Designboom, por exemplo, que tem em sua grade de cursos on-line, dentro da sessão “necessidades humanas”, um completo dedicado ao sexo), a mostra Sex Design foi idealizada.

No Brasil o mercado erótico está em pleno crescimento, mas ainda há muito a ser feito, começando do mais básico: a futura geração de designers enxergar nesse nicho a potencialidade de trabalho e os nossos produtores enxergarem nos designers a solução para seus problemas. E o consumidor, bem, este só sai lucrando com produtos, seja um sex toy ou uma ilustração de revista, feitos para brasileiros, pensados de forma consciente e, claro, muito sexy.


Participantes:

Francine Ruas Dias, 23 anos.
















Estudante da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, desenvolve um trabalho de toy art intitulado “Cóink Penizinhos”, produzidos em feltro e em formato de pênis seguindo características (ciclope, linhas orgânicas, simetria) de outras linhas desenvolvidas por ela, totalizando oito modelos que também servem de broche.


Mariel Dornelles Toigo, 27 anos.














Formado pela UNESP, teve como projeto final de graduação a cadeira “Subsex”. O mobiliário erótico foi projetado com alusões ao surrealismo e com o objetivo de facilitar o ato sexual. A peça possui forma fluida adquirida por injeção de poliuretano (PU) em molde, revestida de neoprene de alta elasticidade, impermeável e isolante térmico proporcionando sensação de conforto.


Daniel Uhr, 40 anos.

















Formado em Design pela Faculdade da Cidade, possui um trabalho gráfico enraizado no erótico, como pode ser visto em “Drink”, ilustração gráfica que tem por objetivo fazer com que o observador tivesse diferentes leituras a cada olhar e brindar ao que há de bom da vida. A peça foi desenvolvida através de programas vetoriais e possui uma tiragem de 50 exemplares.


Helder Oliveira, 31 anos














Formado pela Impacta Tecnologia, desenvolve trabalhos gráficos como os seguintes: “Pussy power”, uma forma de representar o poder feminino, sendo uma de duas ilustrações da série feita em adobe illustrador; “Skin Hot - puro calor humano”, criação feita com caneta esferográfica e photoshop; “Gaby Blenda”, uma garota que fumava Jenni Sex.


Janiel de Souza Paraguai, 20 anos










Estudante da FESURV - Universidade de Rio Verde, desenvolve um trabalho de design gráfico experimental em “Nu minimalista”, onde a peça gráfica é uma imagem simples, mas com um olhar inusitado; feita em cima da linha de pensamento do design minimalista, abordando o sexo/sexualidade como um sinal, um símbolo, descrevendo sua prática como um código visual.


Renato Braga, 31 anos











Cursou design Digital, pela Universidade Anhembi Morumbi, e trabalha desde 2000 como designer gráfico, principalmente no mercado editorial.


Paula Posser, 33 anos









Natural de Belém e formada em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Luterana doBrasil, Canoas - RS, teve como projeto de conclusão de curso o “Complexo de Arte Erótica: Museu do Sexo, Gastronomia Afrodisíaca e Teatro Ritual", onde explora o erotismo e a sexualidade. Em continuidade, desenvolveu outros projetos arquitetônicos para bares e restaurantes e hoje possui uma empresa de consultoria e organização de eventos românticos personalizados.


Anderson Augusto, SÃO!, 25 anos





















Trabalha com design gráfico experimental, como colagens e grafitti.


Projeto 6 e meia.












O duo 6emeia foi criado e desenvolvido pelos artistas Anderson Augusto, conhecido como SÃO, e Leonardo Delafuente, conhecido como Delafuente, moradores do bairro da Barra Funda onde se iniciou o projeto com o intuito da mudança e transformação do cotidiano. O objetivo é modificar o meio ao qual todos vivemos propondo um novo olhar e uma reflexão em cima de temas gerados pelo trabalho inusitado e criativo, que consiste em pintar bueiros, postes, tampas de esgoto e qualquer outro objeto que construa o cenário urbano.


Oficina Sex Design

















Idealizada a partir de três estudantes de design da UNESP de Bauru, Juliana Vieira, Caio Caropreso e Aaron Yamagishi, a oficina convidada é ministrada em encontros de estudantes de design, problematizando esse nicho de mercado e levando à “sexibilização” e educação sexual dos participantes.


Maïlys Audrey Hermanstadt Roirand, 22 anos























Estudante de moda da Universidade Federal de Goiás, explora em “Delicado Inferno” a delicadeza e a suavidade da violência por mais sutil que seja no tema fetichismo. Os materiais utilizados são nanquim preto sobre papel canson e aquarela.


Rafael Monteiro, 22 anos















Estudante de design gráfico na UPM-SP, ja trabalhou com desenho publicitário, storyboard e atualmente trabalha com ilustração para web."






Texto da curadora da exposição: Clarissa Reche, 21 anos, estudante de Design de Produto na Universidade Presbiteriana Mackenzie - São Paulo, desenvolve uma pesquisa científica sobre a história dos objetos voltados para o sexo.



Em breve entrevistas com os participantes da mostra e mais aperitivos dos trabalhos.

domingo, 24 de agosto de 2008

Mobiliário

Da mesma maneira que acabamos involuntariamente dividindo trabalhos em design sensual e design com fins sexuais/eróticos, trabalhos com mobiliário e erotismo também possuem sutilezas e vertentes distintas. Resumidamente, há peças que qualquer pessoa compraria; há o nicho de mercado para ambientes comerciais, motéis, casas noturnas e relacionados; e há o nicho de compradores mais interessados em peças ousadas. Mobiliário sensual possui mercado, mas poucos designers se arriscam a projetos. Um exemplo de designer que desenha peças para todos os mercados citados é o escultor holandês Mario Philippona e sua série '"Sexy Furniture". Ele esculpe formas femininas, em especial pernas sexys em salto alto, em blocos de madeira, usando fotos da Playboy manipuladas no Photoshop, moldando as partes separadamente e depois unindo-as. Claro que com esse método, é um trabalho exclusivo e feito sob encomenda.




sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Rede de usuários de brinquedos eróticos?!

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A primeira vez é inesquecível: 1º post.

Bom dia, boa tarde ou boa noite a todos os internautas frenéticos que acessarem o blog SEX DESIGN!

Este é o primeiro post de muitos que ainda virão e servirá para contar como tudo começou... como três estudantes de Desenho Industrial da UNESP campus Bauru se juntaram para pesquisar sexo e design simultaneamente.

O interesse no assunto já era grande no grupo de amigos até que no final de 2006 o site designboom ofereceu um curso on-line de sex design e Juliana Vieira se matriculou, fez o curso e no começo de 2007 acabou passando o seu conteúdo para este que vos escreve: Caio Caropreso. Na época Aaron Yamagishi, o famoso VAKA, estava morando no Japão e não participou da idéia de fazer e enviar uma proposta de oficina para o 17º Encontro Nacional de Estudantes de Design na Universidade Federal de Florianópolis mas chegou a tempo de colaborar como co-gestor convidado. A idéia foi muito bem aceita pela organização do encontro e pelos participantes que apareceram em número mais de duas vezes maior que o limite máximo, a solução foi repetir a atividade logo na sequência. Sucexo absoluto! E ainda marcou o evento com o "manifesto sex design", um protesto bem humorado sobre o fato de haverem dois alojamentos e que quem fosse de um não pudesse entrar no outro dificultando a consumação do ato sexual entre participantes de diferentes alojamentos. Você pode assistir ao manifesto clicando aqui.

O objetivo da oficina a princípio era debater a relevância e influência do sexo no design com outros estudantes e formar um grupo de discussão permanente para troca de referências. A oficina foi convidada para ser ministrada posteriormente em outros encontros e percebemos que evoluiu de forma a se tornar também um método de “sexibilização” e educação sexual dos participantes.

Foto de Luke durante o Balaio Sex Design no encontro arlequinal em novembro de 2007: o debate.

A oficina, assim como este blog, gira em torno do questionamento: sex design é sexo no design ou design do sexo? E conclui que ambas as coisas são relevantes e ainda podendo ser subdivididas nas áreas de design gráfico e de produto. Produtos eróticos acabam se tornando o carro chefe dos debates, mas também são citadas referências na publicidade, pornografia, tipografia, ilustração, e embalagem. Além do debate também é proposto um exercício prático chamado de “exercício do toque”; comum em aulas de teatro e dança, tal prática propõe que os participantes sejam vendados e convidados a exercitar a percepção sensorial excluindo a visão numa atividade de reconhecimento corporal dos demais participantes sob um cenário sonoro instigante. A atividade prática é usada para estimular a criatividade e liberar os bloqueios sobre sensualidade e sexualidade, possibilitando assim aos participantes uma maior liberdade de criação. Após realizarem a oficina, muitos demonstram interesse e idéias novas para geração de novos produtos e serviços eróticos. A atividade também oferece ao designer uma imersão em conceitos importantes na criação de produtos que explorem o sexo: o que é sensual? O que não é sensual? O que pode ser utilizado de forma sensual em outro contexto?


Foto de Marcelle Leite durante a oficina Sexxx Design no NDesign Manaus em junho de 2008: o toque.


A partir daí, o grupo de oficineiros pretende prosseguir com a pesquisa e desenvolvimento de novos conceitos em produtos eróticos e não-eróticos que explorem a sensualidade e a sensibilidade. Este blog objetiva expor nossas idéias e projetos, analisar e criticar produtos existentes e entrar em contato com cada vez mais pessoas interessadas.
Também existe uma comunidade no orkut para este fim, clique aqui para conhecê-la.

A oficina foi ministrada em diferentes formatos nos seguintes encontros:

Oficina de Boa Sex Design no 17º Encontro Nacional de Estudantes de Design, Florianópolis/SC, 2006.

Balaio e Laboratório Sex Design no Encontro Regional de Estudantes de Design (arleQuinal), São Paulo/SP, 2007.

Ciranda Sexxxibilize-se no Encontro Regional de Estudantes de Design, Vila Velha/ES, 2008.

Oficina Sexxx Design no 18º Encontro Nacional de Estudantes de Design, Manaus/MA, 2008.

Foto por Marcelle Leite durante o NDesign Manaus em junho de 2008: o debate.




Gostariamos desde já agradecer aos colaboradores da oficina ao longo da nossa curta história:

X-Gordinho

Irina Furacão

375

Marcelle Leite

Mariel Dornelles

Rocket#9

Ana Costa

Clarissa Reche

Von Victor

Stanislaw Pusep