muita coisa pra falar,né?
um blog escrito a seis mãos por Aaron Yamagishi, Caio Caropreso e Juliana Vieira, designers estudantes de Desenho Industrial pela UNESP de Bauru no interior de São Paulo que visam debater as relações entre sexo, sexualidade, gênero e design nos mais diversos contextos.
Uma das profissões mais inerentes ao mundo do sexo, a prostituição, ainda parece ser um tabu entre os designers. Existem projetos fantásticos em ergonomia, usabilidade e inovações para tornar muitas profissões mais fáceis, confortáveis, e felizes – mas a prostituição não encontra o mesmo espaço (um grande parênteses para o design de moda, única área em que há muitas opções, algumas realmente ótimas). Acreditamos que a prostituição deve ser levada em conta, e profissionais do sexo são um bom mercado consumidor para uma infinita gama de possibilidades. A seguir, listaremos algumas experiências bem sucedidas. Desde o início de 2007 um grupo de prostitutas da índia publica mensalmente a "Red Light Despatch", revista focada nas trabalhadoras do sexo, que fala sobre suas histórias e outros assuntos de utilidade para a profissional, como informações jurídicas, reviews de filmes, e poemas escritos por elas mesmas. A revista é feita por prostitutas, jornalistas e profissionais da saúde, que se reúnem em um bordel semanalmente, e é distribuída gratuitamente. No Brasil, nunca tivemos nenhuma experiência semelhante para esse público.
Uma iniciativa levando em conta os riscos do trabalho desses profissionais nas ruas são as plataformas do Projeto Aphrodite, de 2006 . É uma linha de sapatos feita especialmente para as profissionais do sexo, com diversos opcionais de segurança como alarme, compartimento secreto (para chaves, camisinhas, dinheiro etc), e GPS (para encontrar postos policiais, auxílio médico próximo, companheiras de trabalho...) Apesar do display de LCD e de tantas funções, o sapato tem fabricação simples e barata.
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