Graças à nossa participação na Erótika Fair, podemos ver ao vivo e especialmente, perguntar se esses produtos funcionam. Pra quem não sabe os adstringentes femininos são aqueles cremes/géis que 'possuem a propriedade' de contrair a musculatura vaginal, fazendo-a parecer "mais apertadinha". Fato é que ontem perguntamos pra várias pessoas, e não encontramos ninguém que já tivesse usado o produto, mesmo entre os vendedores. Na falta de alguém confiável dizendo que funciona, e na ausência de publicidade a esse respeito (por motivos óbvios), o consumidor encontraria então o primeiro estímulo de compra na embalagem, que deveria funcionar como uma propaganda do produto, reafirmando sua eficácia. O problema é que as embalagens que a gente analisou não fazem isso.
Como se vê na imagem acima, nenhuma das embalagens consegue passar uma mensagem de "virgindade" ou qualquer outra função subliminar que o produto tenha. Se o produto não é conhecido, ele deve passar confiabilidade no efeito que promete. Mas se a embalagem nem deixa claras as suas intenções (antes de bulas, rótulos ou outras informações que a pessoa só lê quando já se interessou), ela não consegue despertar o interesse sem o discurso do vendedor. O preço desse tipo de produto também não ajuda o consumidor a diferenciar, visto que todos estão na mesma média. O design da embalagem é o único diferencial que poderia ser aplicado - e sem aumentos significativos no preço final - para uma abordagem mais interessante. Os processos gráficos aplicados e os materiais usados na embalagem são os mesmos que podem ser usados de uma maneira mais eficaz, com um projeto que leve em conta a mensagem a ser transmitida ao consumidor final.
Exemplos fantásticos de produtos que não sabemos se funciona, mas vendem a mensagem e são comprados muitas vezes APENAS pela mensagem, são os cosméticos e produtos de banho da americana
Blue Q. Não é uma empresa voltada para produtos eróticos, mas algumas linhas poss
uem um apelo irônico/sexual que os diferencia, como na linha Mental Case, uma linha de sabonetes de "terapia para distúrbios da vida comum": crise de meia idade, ninfomania, amor insano, entre outros.

Apesar de obviamente não ter a função citada, os sabonetes da Blue Q têm uma estratégia incrível de vendas. E se pudermos considerar o efeito placebo, talvez funcionem mais do que alguns produtos eróticos.